Discurso, letramento e proficiência em regimes de (in)visibilidades: lingua portuguesa como adicional e estrangeira
Abstract
A partir do conceito de biopolítica trazido por Foucault e subsidiado pelo escopo teórico da Análise do Discurso franco-brasileira e da Linguística, propõe-se, neste trabalho, avaliar a produção cinematográfica francesa sob o status de vanguarda na abordagem do tema da transexualidade infantil feminina no filme Tomboy, de Céline Sciamma e Ma vie en rose, de Alain Berliner. A opção pela materialidade fílmica como objeto de investigação está fundamentada na ausência deste componente curricular na grade do curso de Letras, habilitação português-francês, e, dessa forma, inexistente na formação do professor, além da condição singular de ser o cinema uma mídia de excelência para além do entretenimento, um dispositivo de congregação entre saberes "tecnocientíficos" (LUZ, 2007), discursivos e político-culturais para o dizer da sociedade sobre o corpo e a sexualidade. Trata-se de uma arte capaz de se articular com diferentes temas, dentre os quais a sexualidade e, sobretudo, de tratamento e abordagem pela literatura, na qual a palavra é o elemento central. O cinema apresenta uma narrativa que abarca outras possibilidades artísticas, seja pelo figurino, pela cenografia, pela fotografia e por meio do diálogo entre a imagem e o mundo extra fílmico. Conjunto que favorece, na prática de sala de aula do ensino médio, para o componente curricular "língua portuguesa", estabelecer relações entre língua, cultura, arte e história sob o viés dos temas transversais propostos nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio no Brasil.
DOI Code:
10.1285/i9788883051272p4617
Keywords:
Ensino de Língua Portuguesa; Transexualidade infantil; dispositivo; corpo; biopolítica
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