Da “manta de retalhos” ao “tapete de arraiolos”: Transformação de tecedura também aplicável à escrita académica
Abstract
Faz todo o sentido iniciar este resumo com a pergunta formulada por N. Murray (2012:7): “Writing at school and writing at university: are they really so different?” Na universidade espera-se contudo dos estudantes uma escrita académica compatível com a etapa em que se situam. Acontece que os menos habituados à escrita de “papers”, nem sempre redigem da melhor forma. Deparamos frequentemente com estudantes incapazes de expressar a sua voz crítica após a consulta das fontes imprescindíveis. Ou se limitam a justapor citações nem sempre localizadas, ou “parafraseiam” parágrafos seguidos a que vão acrescentando o nome do autor. Importa que os estudantes aprendam a: 1) passar da reprodução à transformação critica do material compulsado (N. Murray, 2012); 2) pesquisar o necessário para poderem conhecer bem o tópico e fundamentá-lo recorrendo a autoridades conhecedoras do assunto em questão (D. Murray, 2013); 3) analisar as leituras feitas para aprofundarem as suas argumentações (Irvin, 2010); 4) apresentar ideias com provas que as sustentem (N. Murray, 2012; D. Murray, 2013); 5) ser concisos, claros e lógicos mostrando que estão conscientes da audiência a que se destina o texto que estão a escrever (Lanham, 2006; N. Murray, 2012; D. Murray, 2013); 6) estar atentos à dimensão das frases e à sua complexidade sintatica (Lanham, 2006); 7) conferir os significados das palavras utilizadas para que as frases façam sentido (Lanham, 2006); 8) verificar se os autores usados no texto se encontram nas referências finais e se estas correspondem às fontes constantes no texto (Libra, 2001).
DOI Code:
10.1285/i9788883051272p4353
Keywords:
Escrita académica; fontes; citações; “patchwriting”; intertextualidade
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