A carnavalização em Mar Morto: diálogos entre Bakthin e Jorge Amado


Abstract


O presente trabalho investiga como o romance de Jorge Amado, Mar Morto, condensa o universo carnavalizado e como se dá o princípio deste mundo às avessas na narrativa. O embasamento teórico, trabalharemos com a Teoria da carnavalização na literatura, do teórico Russo Mikhail Bakthin (1999), que aclara a maneira pela qual o carnaval pode ser transposto à linguagem literária, estuda o processo de carnavalização como manifestação da cultura popular e também de subversão do poder. As festividades são formas primordiais marcantes da civilização humana, contudo, para serem consideradas verdadeiras devem emanar não do mundo material, mas sim do mundo das ideias. A obra analisada tida pelos críticos literários como sendo de grande representação lírica, traz traços de carnavalização, pois apresenta uma linguagem carregada de símbolos e alegoria, apontando a divergência entre o oficial e não-oficial, provocando a ruptura do que é institucionalizado. Revelando o grande acervo sobre a cultura popular baiana presente também na cultura brasileira em geral. A obra conta a história de amor entre Guma e Lívia sendo publicada em 1936, insere fragmentos desse período histórico, a fase política de 1930, era Vargas. Metodologia de natureza qualitativa apoia-se no raciocínio por dedução.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p2261

Keywords: Carnavalização; Bakhtin; Jorge Amado

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