Angélica Freitas e Paulo Henriques Britto: uma conversa entre duas formas de vida
Abstract
Este trabalho se insere, dentro dos estudos da linguagem, na subárea filosofia da linguagem, tendo como perspectiva de linguagem aquela de vertente radicalmente pragmática como entendemos ser a de L. Wittgenstein. Tendo essa base teórica como pano de fundo, nosso objetivo maior é pôr em diálogo dois poetas brasileiros contemporâneos: Angélica Freitas e Paulo Henriques Britto. Esse diálogo se justifica na medida em que Freitas e Britto são dois poetas que vêm se destacando no cenário da poesia brasileira atual. Neste nosso trabalho, limitaremos nossa investigação a uma aproximação (que pode resultar em afastamentos) de três livros, dos dois poetas, lançados no mesmo ano de 2012: O útero é do tamanho de um punho, de Freitas, Formas do nada e A tradução literária, de Britto, este último um livro teórico sobre tradução de poesia. Entendemos que é difícil falar de resultados em uma pesquisa dessa natureza; preferimos falar em relatos, confissões como resultado de gestos de interpretação possíveis das obras de Freitas e Britto. Nesse sentido, levantaremos hipóteses quanto ao trabalho que ambos fazem com a linguagem nesses tempos pósestruturalistas (ou pós-tudo, como diria outro poeta: Augusto de Campos...): uma produção poética que pode gerar efeitos de sentido daquilo que vamos chamar de drible: O útero é do tamanho de um punho não é, como poderia parecer, um livro feminista, assim como Formas do nada não é, como poderia fazer supor, um livro de formas do nada.
DOI Code:
10.1285/i9788883051272p1619
Keywords:
Angélica Freitas; Paulo Henriques Britto; Formas de Vida; L. Wittgenstein; Poesia contemporânea brasileira
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