Analogia, metáfora e outras projeções em gêneros não literários: funcionalidade e implicações sociocognitivas
Abstract
Pretendemos mostrar que as projeções, como a analogia e a metáfora, são utilizadas em larga escala na maioria dos gêneros que são produzidos, inclusive nos "não literários". Nosso corpus é composto de: títulos de matérias jornalísticas, redações de exames vestibulares e memes, que são os principais gêneros a que estão expostos os alunos do Ensino Médio. A hipótese que postulamos é que as projeções, frequentes em muitos gêneros, têm importante função argumentativa. Acreditamos, também, que tais textos são consumidos justamente por conta das projeções contidas neles, já que elas tornam tais textos mais atrativos e podem significar muito, dizendo pouco. Além disso, acreditamos que a percepção de tudo isso pode ajudar, consideravelmente, a competência dos estudantes em interpretação de textos e até em produção. Objetivamos, portanto, compreender a funcionalidade e os efeitos de sentido das projeções utilizadas nos textos escolhidos e verificar como o domínio e a consciência de tais conceitos pode ajudar os alunos a compreender melhor os textos que os circundam e produzir textos mais bem escritos. Esses textos estão sendo analisados à luz da Moderna Linguística Cognitiva e, para tanto, foram utilizadas a Teoria da Integração Conceptual (Blending) proposta por Fauconnier e TURNER (2002), TURNER (2014), a Teoria da Parábola, proposta por TURNER (1996), considerações sobre Analogia propostas por HOFSTADTER, D. & SANDER, E. e, também, em termos funcionais, o princípio da "presença" proposto por PERELMAN & OLBRECHTS-TYTECA (1996).
DOI Code:
10.1285/i9788883051272p751
Keywords:
analogia; metáfora; projeções; gêneros não-literários
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