Língua portuguesa, patrimônio linguístico-cultural: da memória que atravessa o dizer do gramático brasileiro sobre a língua no século XX


Abstract


Este artigo é fruto da nossa pesquisa de doutorado que ainda se encontra em desenvolvimento. Nele, à luz da Análise de Discurso, de Michel Pêcheux e Eni P. Orlandi, na sua relação com a História das Ideias Linguísticas, de Sylvain Auroux e Eni P. Orlandi, tecemos uma reflexão acerca do imaginário de língua que se impõe em duas gramáticas filiadas ao nome de autor do gramático brasileiro Evanildo Bechara, a saber: a 1a. e a 37a. edições da Moderna Gramática Portuguesa, publicadas em 1961 e em 1999, respectivamente. Para tanto, analisamos o prefácio e a introdução dessas obras. Em nossa análise, visamos, mais especificamente, compreender os efeitos produzidos no dizer do gramático sobre a língua (nomeada) portuguesa a partir da sua significação no século XX como patrimônio linguístico-cultural, buscando pensar ainda a relação estabelecida entre esse imaginário, a ilusão de homogeneidade linguística entre os povos ditos de língua portuguesa e o processo de colonização imposto por Portugal.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p567

Keywords: Discurso gramatical brasileiro; Imaginário de língua; Moderna Gramática Portuguesa; Evanildo Bechara

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